quinta-feira, 1 de abril de 2010

Respeito é ter conceito, não ibope.


Fico impressionado com a quantidade de surfshops que abriram nestes últimos dez anos. A cada esquina de corredor nos shopings de São Paulo, pipocam lojas onde o surfe dita a moda e dentro delas dezenas de clientes sedentos pelas novidades das marcas mais famosas e caras do mercado surfwear.


Já na praia, a meninada se torna ainda mais visível, pois, tem muito rapaz com bermuda sem costura para resistir mais as quedas, relógio com tábua das marés entre outros itens que, nem sequer sabe nadar. Isso mesmo, o cara ta todo montado pra ficar ali, figurando com o pé na areia.


É certo que com o aumento da exposição do esporte nos veículos de mídia, o estilo de vida salgado e exótico dos surfistas, voltou a ser foco para a sociedade jovem, porém, o visual foi bem assimilado, mas, e os valores?


Você pode até pensar:
- Pelo menos esse bando de prego não esta congestionando o outside!

Concordo e, discordo. Explico-me.

Concordo no sentido real da palavra, pois realmente, se cada um que tem prancha, deixasse de usá-la como desodorante, ou seja, mantê-la apenas debaixo do braço, entrasse na água estaríamos fritos.


Discordo. Se você já foi a uma loja de surfe, pôde notar que no máximo alguns vendedores são surfistas, o resto são os famosos figurantes. Você demora horrores para ser atendido pois o crowd esta lá, comprando sete bermudas, três regatas para mostrar as recém tatuadas peles e algumas blusas pro frio que se aproxima.


O surfe explodiu, mas o que foi para os ares na verdade, foi o conceito.

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